A expressão indústrias criativas surgiu nos anos 1990, primeiramente na Austrália, ganhando em seguida impulso na Inglaterra. As indústrias criativas compreendem, entre outras, as atividades relacionadas a teatro, cinema, publicidade, arquitetura, mercado de artes e de antiguidades, artesanato, design, design de moda, softwares interativos para lazer, música, indústria editorial, rádio, TV, museus, galerias e as atividades vinculadas às tradições culturais.
A importância econômica das indústrias criativas é irrefutável. Elas já têm participação relevante no PIB mundial e crescem a taxas superiores àquelas do conjunto da economia. O fenômeno das indústrias criativas deve também ser associado à “virada cultural”, uma transformação de valores sociais e culturais, que ocorreu no final do século XX.
Este livro reúne estudos de pesquisadores brasileiros, somados a estudos de referência de pesquisadores estrangeiros. A coletânea busca contribuir para a compreensão do fenômeno por meio da construção de um painel de ensaios e estudos de base empírica.
Obra destinada a professores e pesquisadores dos programas de pós-graduação em Administração e Ciências Humanas. Pode também ser útil a profissionais que atuam ou têm interesse nas indústrias criativas e ou atividades correlatas.
O conteúdo do livro “Indústrias Criativas no Brasil”, organizado por Thomaz Wood Jr., Pedro F. Bendassolli, Charles Kirschbaum e Miguel Pina e Cunha, e lançado pela Editora Atlas segue abaixo:
Sumário
Apresentação
PARTE 1: A TEORIA DA PRÁTICA
1 Compreendendo as indústrias culturais (Thomas B. Lawrence e Nelson Phillips)
2 Compreendendo as indústrias criativas (Pedro F. Bendassolli, Thomaz Wood Jr.,
Charles Kirschbaum e Miguel Pina e Cunha)
3 O ecossistema das indústrias criativas (Paul Jeffcutt)
4 Os estudos em economia da cultura e indústrias criativas (Paulo Miguez)
PARTE 2: A PRÁTICA DA TEORIA
5 Cinema: a trajetória de comercialização de Cidade de Deus e Janela da Alma
(João Paulo Rodrigues Matta e Elizabeth Regina Loiola da Cruz Souza)
6 TV: o processo de criação das telenovelas (Lúcia Maria Bittencourt Oguri, Marie
Agnes Chauvel e Maribel Carvalho Suarez)
7 Teatro: as organizações teatrais e seu espaço de atuação (Samara Regina
Bernardino Hoffmann, Fabiula Meneguete Vides da Silva e Eloise Helena Livramento
Dellagnelo)
8 Teatro: a configuração estrutural de grupos teatrais (Samara Regina Bernardino
Hoffmann e Eloise Helena Livramento Dellagnelo)
9 Música: a evolução da cadeia produtiva (Davi Nakano e João Cardoso Leão)
10 Software: estratégias colaborativas na indústria de jogos eletrônicos (Alexandre
Souza Perucia, Alsones Balestrin e Jorge Renato Verschoore)
11 Indústria do entretenimento móvel (IEM): desafios na formação de um canal
de distribuição (Henrique de Campos Junior e Isleide Arruda Fontenelle)
12 Artesanato: comércio e inovação na indústria de base artesanal (Gustavo Melo
Silva, Magnus Luiz Emmendoerfer e Jorge Alexandre Barbosa Neves)
PARTE 3: MODELOS DE ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO
13 Aglomerações produtivas: proposta de um método de pesquisa (Elizabeth
Regina Loiola da Cruz Souza e Carmen Lúcia Castro Lima)
14 Economia criativa e regulação de conhecimentos tradicionais (Camila Carneiro
Dias, Elizabeth Regina Loiola da Cruz Souza e João Paulo Rodrigues Matta)
EPÍLOGO
15 Indústrias criativas e sua relevância para a ciência da Administração (Charles
Kirschbaum, Miguel Pina e Cunha e Thomaz Wood Jr.)
Autor: Thomaz Wood Jr.